O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, recebeu na manhã desta segunda-feira (10) o presidente do Conselho de Inovação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Pedro Wongtschowski. Meirelles apresentou ao dirigente o projeto de implantação do HIDS (Hub Internacional de Desenvolvimento Sustentável) – o distrito inteligente a ser instalado em uma área de 11,5 milhões de m², na Fazenda Argentina, de propriedade da Universidade, e que pretende atrair empresas de tecnologia para um ambiente marcado por soluções sustentáveis.
Wongtschowski disse estar ciente da possibilidade de implantar projetos de inovação na Unicamp e em seu entorno. “A Unicamp tem uma situação peculiar, muito favorável”, disse o diretor de Inovação da Fiesp. “Além de possuir uma reputação excelente na área de tecnologia e inovação, a Unicamp está cercada de instituições de primeira grandeza, como o CPQD [Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações] e o CNPEM [Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais], e está em uma região de atividade industrial muito forte”, lembrou.
“Essa combinação entre uma indústria forte, uma universidade com uma ciência reconhecida e instituições de pesquisa e tecnologia no entorno cria um ambiente único que, eu acho, tem todas as condições de atrair empresas novas, startups de base tecnológica e centros de pesquisa de grandes empresas que desejam justamente se aproveitar da existência de um ecossistema único no Brasil que é esse da Unicamp”, avalia o diretor.
Segundo Wongtschowski, as empresas estão interessadas em investir em pesquisa não apenas para cumprir eventuais determinações legais – como, por exemplo, a obrigação de concessionárias do setor petrolífero de destinarem, para o setor de pesquisa, 1% da receita bruta advinda dos campos de alta rentabilidade.
“A empresa investe em inovação não porque seja uma obrigação legal. Ela investe porque a competição assim o exige. O investimento deriva do fato de que o consumidor quer um produto cada vez melhor e mais barato, e a única forma de conseguir produtos melhores e de custo menor é investir no produto e no processo. E isso exige ciência, tecnologia e inovação”, concluiu.
O reitor afirmou que o HIDS representa o grande projeto de futuro da Unicamp, mas lembrou que é também de extrema relevância para o município de Campinas. No entanto, a fim de que esse potencial torne-se realidade, lembrou o reitor, será necessário o apoio do setor privado.
Além do reitor, participaram da reunião com o diretor de Inovação da Fiesp a pró-reitora de Pesquisa da Unicamp, professora Ana Fratini, o diretor-executivo da Agência de Inovação da Unicamp (Inova Unicamp), Renato da Rocha Lopes, o diretor-executivo associado da Inova, Rangel Arthur, e o diretor da Faculdade de Engenharia Química (FEQ), Dirceu Noriler. Também estiveram presentes Cristiano Torezzan e Roberto Donato, assessores docentes do Gabinete do Reitor.