“O MCTI tem feito um esforço imenso de reconstrução, caminhando para a retomada de investimentos e aportes em Ciência e Tecnologia (C&T). Foi recomposto o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), lançado o Plano de Reindustrialização e relançado o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)”, declarou Renan Alencar, assessor especial do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), durante visita, sexta-feira (20), à Unicamp. Na ocasião, ele apresentou o panorama dos investimentos federais no âmbito nacional, e os pesquisadores expuseram iniciativas científicas voltadas para os desafios de sustentabilidade urbana.
O encontro contou com a participação da gestão da Unicamp, Maria Luiza Moretti, reitora em exercício, João Romano, pró-reitor de Pesquisa, e Fernando Coelho, pró-reitor de Extensão e Cultura. Estiveram presentes também Luiz Carlos da Silva, coordenador do Campus Sustentável e diretor do Centro Paulista de Estudos da Transição Energética (CPTEn), Gabriela Celani, diretora do Centro de Estudos sobre Urbanização para o Conhecimento e a Inovação (Ceuci), Ettore Segreto, professor do IFGW, além de Davi Lopes, coordenador de investimento da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (InvestSP). A visitação começou no período da manhã, na Coordenadoria de Divisão de Sustentabilidade (CSus), e terminou no fim da tarde, com a reunião na Reitoria.
De acordo com Alencar, o governo federal alocará cerca de R$ 1,7 trilhão, considerando os recursos próprios e as contrapartidas de parcerias com o setor privado, que serão investidos ao longo de quatro anos no âmbito do desenvolvimento em C&T. Exemplos são o aumento dos recursos destinados ao FNDCT, que disparou de 4 bilhões de reais em 2022 para 11 bilhões neste ano, e o Plano de Reindustrialização, que prevê um subsídio de R$ 106 bilhões, enquanto o PAC conta com um investimento de R$ 370 bilhões. “São recursos voltados à reindustrialização, mas não apenas. Tem bastante aporte para as universidades, destinados tanto para a reestruturação quanto para a construção de novos laboratórios”, explicou o assessor.
Sabendo que os processos de inovação em C&T, principalmente no Brasil, são perpassados pelo conhecimento produzido nas universidades, Moretti ressaltou a importância do papel que as universidades desempenham na formação de profissionais e na busca por soluções destinadas a desafios complexos que afetam a sociedade. Ela enfatizou os esforços da Unicamp em criar alternativas para um progresso mais sustentável e para o aprimoramento dos serviços de saúde ofertados à população. Como prova do reconhecimento dessa excelência acadêmica, a vice-reitora mencionou a conquista da Unicamp ao atingir a 3ª posição no QS World University Rankings 2024, da editora britânica Quacquarelli Symonds, entre as melhores universidades latino-americanas e caribenhas.
A programação abriu espaço para a apresentação e discussão de iniciativas científicas e tecnológicas voltadas para a sustentabilidade energética e para o desenvolvimento sustentável. Pela manhã, as equipes do CPTEn e do Campus Sustentável da Unicamp apresentaram uma exposição dos trabalhos realizados no Laboratório Vivo de Transição, Eficiência e Sustentabilidade Energética, demonstrando o potencial para a criação do Hub de Energia Sustentável (HubES). À tarde, ocorreu visitação no Laboratório de Pesquisas em Redes Elétricas Inteligentes (LabREI), que abriga o simulador de microrredes do projeto Merges, e foi apresentado o Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS). “Combinamos com a equipe do CPTEn uma ida à Brasília para podermos prospectar esse exemplo que encontramos na Unicamp”, finalizou o assessor.