ATA DA 9ª REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO CONSULTIVO FUNDADOR DO HUB INTERNACIONAL PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – HIDS
No 15º dia do mês de dezembro de 2021, às 17 horas, fizeram-se presentes as seguintes entidades, e seus respectivos representantes, em Reunião Ordinária (em formato virtual) do Conselho Consultivo Fundador do HIDS.
Os Conselheiros: Adriana Flosi, Secretária de Desenvolvimento Econômico, Social e de Turismo da Prefeitura de Campinas, representando o Prefeito de Campinas, Dario Saadi; José Roque da Silva, diretor-geral do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM); o Prof. Dr. Antônio José de Almeida Meirelles (Tom Zé), reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Roberto Soboll, superintendente do Instituto ELDORADO; o Prof. Dr. Rodrigo Coelho Sabbatini, diretor das Faculdades de Campinas (FACAMP); Júlio Martorano, assessor executivo do CPQD, representando Sebastião Sahão Junior, presidente do CPQD; Carlos Prax, diretor do Centro de Tecnologia da Cargill América Latina; Pedro Silva, diretor financeiro da Sanasa, representando Manuelito Pereira Magalhães Júnior, presidente da Sanasa e Silvia Maria Fonseca Silveira Massruhá, chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária.
Os convidados: o senhor Rui Henrique Pereira Leite de Albuquerque, assessor da diretoria geral do CNPEM; o senhor Newton Frateschi, assessor da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Campinas.
Os membros das componentes de planejamento do HIDS: o professor Mariano Laplane, coordenador geral do HIDS; a professora Gabriela Celani, coordenadora da componente do Projeto Físico-Espacial do HIDS; o professor Miguel Bacic, coordenador da componente do Modelo de Negócios, o professor Josué Mastrodi, coordenador da componente do Modelo Jurídico, Débora Drucker, pesquisadora da Embrapa e coordenadora associada da componente do Patrimônio, o professor Wesley Silva, coordenador da componente do Patrimônio; o professor Marcelo Cunha, coordenador da componente de Avaliação de Sustentabilidade; Allan Patrick Vieira, consultor da Inventta; Thais Colicchio, consultora da Inventta; Bruno Moreira, coordenador da componente de Governança do HIDS; e Patrícia Mariuzzo, coordenadora da componente de Comunicação.
Foram convidados, mas não compareceram, o Prof. Dr. Germano Rigacci Júnior, reitor da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas); Renato Povia, gerente de inovação da CPFL Energia; Patrícia Ellen, Secretária de Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado de São Paulo; Franklin Gindler, presidente da Cariba Empreendimentos e Incorporação, e Paulo Roberto Dallari Soares, vice-presidente da TRB Pharma.
Bruno Moreira, da Inventta, deu boas-vindas e agradeceu a presença de todos na reunião de fechamento do ano de 2021 do Conselho do HIDS. Ele pontuou a importância de avaliar a evolução do projeto do HIDS e de delinear diretrizes para o próximo ano. Segundo ele, o HIDS é um projeto complexo, mas ainda um pouco amorfo, sem um desenho definido. O engajamento de todos do Conselho é importante para direcionar as atividades e ações em 2022 e fazer dele uma realidade. Houve conquistas em 2021, mas há muitos desafios. Em seguida, Bruno descreveu a agenda do encontro e passou a palavra para o professor Mariano Laplane, coordenador do HIDS.
Mariano Laplane agradeceu a presença de todos. Ele informou ao Conselho que o professor Germano não pode comparecer à reunião devido a outro compromisso e que ele será reconduzido à reitoria da PUC-Campinas.
Bruno confirmou com os presentes se receberam a ata da reunião anterior e se todos concordavam com o conteúdo registrado. Não havendo nenhuma discordância, Bruno passou para o próximo item da agenda: o status geral do projeto do HIDS.
O consultor da Inventta, Allan Vieira, iniciou apresentação sobre o status das componentes de trabalho do HIDS.
A componente de comunicação do HIDS esteve presente em diversos eventos que ocorreram no período, entre eles os encontros do Retoma SP em diversas cidades do estado e a missão do Consulado francês em visita à PUC e Unicamp. Artigos e publicações em redes sociais contribuíram com o aumento da audiência em meios digitais.
A componente de governança segue coletando informações por meio do formulário do estudo diagnóstico para captar as percepções e interesses da iniciativa privada sobre o HIDS. O número de respostas ainda não está adequado para que o estudo seja conclusivo. Parcerias com a ANPEI e INOVA UNICAMP foram estabelecidas na tentativa de aumentar o número de respostas. Sobre este item, Bruno comentou que o número de respostas está muito baixo, o que compromete a qualidade do diagnóstico. Ele pediu apoio dos membros do Conselho para conseguir mais respostas para o questionário.
Em relação à componente de avaliação de sustentabilidade do HIDS, o teste de avaliação de sustentabilidade pelo módulo do Greenmetric foi concluído pela PUC Campinas e a Unicamp. Algumas fragilidades relacionadas aos indicadores foram identificadas e serão tratadas. O teste com a Embrapa está alinhado, apenas aguardando o edital para início do projeto. A componente está verificando oportunidades de parcerias com a INOVA. O coordenador desta componente, Marcelo Cunha, comentou que o objetivo da parceria com a INOVA é realizar novos testes na plataforma de avaliação e entregar uma primeira versão que tenha passado por uma prova de conceito.
Em relação à componente do Modelo de Negócios, a consultoria contratada para desenvolvimento da proposta do modelo de negócios, SPI, desenvolveu workshops de estratégia e modelo de negócios do HIDS com membros do Conselho Consultivo. A consultoria também aproximou o HIDS da TECNOPUC para melhor entendimento do modelo de gestão e governança.
Os debates a respeito da criação da personalidade jurídica para o HIDS ainda não foram conclusivos. A componente do Modelo Jurídico segue com assessoria das demais componentes com relação aos aspectos jurídicos.
Sobre a componente do Projeto Físico-Espacial, o curso de Pós-Graduação Latu Senso foi concluído e todo o material gerado (podcasts, ebook, TCCs e cadernos de resumo) será disponibilizado em uma página digital. A contratação da consultoria coreana (KRIHS) foi concluída, mas ainda está pendente a contratação do escritório local para dar suporte ao Instituto coreano.
A componente do Patrimônio está desenvolvendo outras atividades, como organização de workshop sobre sustentabilidade e Laboratório Vivo e elaboração de projetos acadêmicos sobre biodiversidade. Débora Drucker, da Embrapa, e coordenadora associada da componente do patrimônio, tomou a palavra para comentar que o contrato com a empresa que vai realizar o diagnóstico ambiental foi assinado. O diagnóstico arqueológico também já está em andamento. Ela lembrou a carta-convite enviada a todos os membros do Conselho para o Workshop de Laboratórios Vivos que está sendo organizado por esta componente e pediu atenção dos conselheiros para esta solicitação.
Bruno compartilhou com os membros do Conselho relatórios e apresentações preparados pela consultoria portuguesa SPI e pelo instituto coreano KRIHS.
Newton Frateschi tomou a palavra para solicitar que seja enviado ao KRIHS a apresentação do projeto da Prefeitura para a área do Ciatec 2/HIDS para alinhamento. Em seguida, a secretária Adriana Flosi acrescentou a importância da integração do projeto Secretaria de Planejamento da Prefeitura com a equipe do KRIHS.
Sobre o status do projeto, Mariano Laplane comentou que houve avanços que devem viabilizar entregas importantes no primeiro semestre de 2022. Ele citou como exemplo, a contratação da consultoria portuguesa, que está elaborando uma proposta de modelo de negócios. Segundo Mariano, a consultoria está fazendo um esforço importante para delinear que tipos de serviços poderão ser oferecidos pelo HIDS, por exemplo, empreendedorismo, prospecção de investimentos etc. Ele afirmou que vai propor ao KRIHS incluir em seu plano de trabalho reuniões de integração com o Conselho do HIDS, no mesmo formato que foi feito pela SPI. “É importante que eles recebam insumos sobre projetos e planos de expansão de atividades de cada uma das entidades para que eles possam ver um conjunto comum de oportunidades para o desenvolvimento do plano diretor (construção de infraestrutura, amenidades etc.). O KRIHS se comprometeu a entregar uma primeira versão do master plan no início de abril, o que encurta em dois meses o prazo preliminar que foi informado. Mariano também mencionou a contratação da empresa que vai cuidar do diagnóstico ambiental do HIDS. “Chegamos ao final do ano em uma condição bem melhor do que a que tínhamos no início do segundo semestre”, disse.
O coordenador da componente de Modelo de Negócio, Miguel Bacic, pontuou que a consultoria portuguesa está fazendo avanços e produzindo bons insights. “Estamos otimistas com o andamento da elaboração do modelo de negócios”. Ele sugeriu que todos os membros do Conselho pensassem em situações concretas para criar os primeiros fios para um tecido de relações. Ele deu como exemplo os projetos de incubação de empresas mantidos por várias instituições como a Unicamp e a PUC. “Poderíamos pensar em ações concretas de cooperação dentro do HIDS para o próximo ano”. Ele também mencionou contratos específicos entre as instituições que pudessem facilitar o intercâmbio de pesquisadores, de pessoas, ações que já podem ser iniciadas, independentemente da institucionalização do HIDS e do envolvimento dos proprietários privados.
Roberto Soboll, do Instituto ELDORADO, chamou atenção para a abertura de um edital da Finep que disponibiliza R$ 180 milhões (R$ 100 milhões para parques científicos já existentes e R$ 80 milhões para novos empreendimentos). Ele afirmou que pode haver interesse das instituições do Conselho para ajudar na implantação do HIDS. O prazo para envio de projetos é 18 de fevereiro.
Newton Frateschi questionou qual seria o ticket mínimo para cada projeto. Adriana Flosi afirmou que este recurso pode ser interessante para colocar o HIDS no ar. Frateschi mencionou ainda a possibilidade do Parque Tecnológico da Unicamp ser um proponente neste edital.
Bruno Moreira tomou a palavra e afirmou que o HIDS não tem personalidade jurídica ou uma capacidade executiva. Tirando um escopo de projeto que o BID financia e o voluntariado das organizações que compõe o Conselho, não há nenhum tipo de força de execução. “Por isso, sempre que falamos o HIDS é necessário pensar em dois aspectos: a busca de recursos para executar alguma iniciativa ou considerar que os próprios membros executem as iniciativas, enquanto membros do Conselho”, disse. Ele sugeriu que todas as proposições de ação devem levar isso em conta ao endereçar atividades.
Júlio Martorano, do CPQD, lembrou a necessidade de um tipo de organização mais operacional, para não correr o risco de uma organização isoladamente atender a um deste editais, sem considerar o HIDS como um todo. Ele sugeriu que uma das componentes de trabalho do HIDS assumisse estas oportunidades.
Bruno pontuou que, mesmo que uma das componentes do projeto tocasse a elaboração do edital, uma das instituições do Conselho teria que assumir, assinar e submeter o projeto.
Em seguida, ele abriu a palavra para todos os presentes fazerem um balanço das ações realizadas em 2021 e propor projetos e ações para 2022.
O representante do CPQD foi o primeiro a se manifestar. Ele afirmou que a base de todo o projeto está em seu modelo de negócio e, por isso, o principal esforço do grupo deve ser nesta frente, no trabalho da SPI.
Newton Frateschi reafirmou que o trabalho da SPI, com a definição da missão e visão do HIDS, de uma definição do projeto e dos serviços que ele pode prover, é fundamental para o HIDS avançar.
Carlos Prax, da Cargill, disse que as instituições do HIDS têm um relacionamento anterior ao projeto. Para ele, seria interessante fazer um mapeamento destes projetos bem-sucedidos e em andamento e avaliar, à luz de quais são seus objetivos propostos para o HIDS, quais os “gaps” e oportunidades para construir uma visão de futuro. “De alguma forma, o HIDS parte de uma realidade que não começa do zero, já existe um relacionamento entre as instituições que compõem o HIDS. Por isso, em paralelo à elaboração do modelo de negócio, seria importante evidenciar este relacionamento prévio”, pontuou.
Bruno Moreira tomou a palavra para perguntar se este mapeamento teria como viés o desenvolvimento sustentável ou se seria de todos projetos.
Carlos Prax respondeu que seria interessante mapear os dois tipos de projeto. Este mapeamento pode ser também um exemplo para futuros atores.
Miguel Bacic considerou que proposta do representante da Cargill adequada e relevante: descobrir as interações anteriores entre os membros do Conselho e identificar quais são mais adequadas ao espírito do HIDS. “Isso seria uma boa tarefa para o próximo ano”, disse.
Mariano Laplane pontuou a importância de verificar onde o HIDS pode avançar mais. Segundo ele, em 2021 houve avanços em termos de estudos e planejamento. Houve iniciativas importantes: a promulgação da Lei de Inovação e o início da elaboração da Lei de Uso e Ocupação do solo. Segundo ele, há incentivos para pensar em como combinar as atividades individuais de cada entidade. Um bom ponto de partida é o trabalho da SPI. Há espaço para atrair outros atores. Para ele, 2021 encerrou uma primeira etapa do planejamento do HIDS e 2022 guarda bons desafios, com tarefas construtivas. No primeiro semestre seria necessário delinear um conjunto de iniciativas cooperadas entre os membros do Conselho. No entanto, é preciso pensar em atividades importantes para o primeiro e segundo semestres, preencher lacunas de informação quanto à regulação e governança do projeto, algo que só poderá ser feito a partir de uma noção mais acabada do plano de negócio. Há um diálogo fundamental entre o modelo de negócio e o do instituto coreano. Todas as instituições do Conselho fazem planejamento, com isso, o desafio é convergir estes projetos individuais para evitar redundâncias e explorar novas oportunidades. O terceiro desafio é atrair novos parceiros na cidade, no Estado de São Paulo, no Brasil e no mundo. “Só assim, o HIDS será uma referência em sustentabilidade. Todas as entidades têm parcerias internacionais o que é um bom começo. Temos que pensar nesses três desafios de maneira coletiva”, afirmou Mariano.
Rodrigo Sabbatini, da Facamp, concordou com Mariano. Ele afirmou que a Facamp desde sempre entende o HIDS com um projeto ambicioso e complexo, com desafios jurídicos e tributários, que envolve múltiplas instituições. Ele considerou que o projeto tem avançado e que a expectativa é que avance ainda mais. Ele reforçou o apoio da Facamp ao projeto.
Mariano tomou a palavra novamente para dar um exemplo concreto no assunto de procurar novos parceiros. Ele citou o projeto de relicitação do aeroporto de Viracopos onde ficou clara a capacidade de convocar a comunidade empresarial de vários setores da cidade de Campinas. Em 2022, seria interessante fazer um evento semelhante sobre o HIDS para atrair novos parceiros porque é fundamental ampliar a visibilidade do HIDS.
O coordenador do HIDS também mencionou as discussões sobre a construção do novo hospital regional na cidade de Campinas, tendo a Fazenda Argentina como um local possível para isto. Grandes projetos em áreas como infraestrutura, educação e saúde são importantes para o HIDS.
Adriana Flosi complementou a fala do professor Mariano. Ela descreveu o evento da relicitação de Viracopos e frisou a importância do aeroporto para Campinas e toda Região Metropolitana de Campinas. O diferencial foi ter trazido um representante do governo federal que pudesse dar um bom direcionamento para este assunto. Ela mencionou ainda que já foi feita uma apresentação sobre o HIDS para um representante do governo federal. “É fundamental buscar este apoio também e a Prefeitura está à disposição para ajudar com isso”, disse a secretária. Ela sugeriu ainda uma apresentação sobre o HIDS para os representantes do setor produtivo de Campinas (mais de 35 entidades).
A partir da observação sobre o Hospital Regional mencionado pelo professor Mariano, Newton Frateschi pontuou que é fundamental ter bem definido a visão do HIDS. Na opinião dele, um investimento na área de saúde faria sentido se fosse para implantar um hospital de referência e de alta tecnologia, mas um hospital regional que vai aproveitar apenas a localização próxima da estrada não é coerente com um centro de inovação como o HIDS pretende ser.
O reitor Tom Zé lembrou que a questão da saúde é muito importante na Unicamp, bem como a relação desta área com as Prefeituras da região. O HIDS é uma oportunidade de pensar sobre a relação institucional do projeto com o seu entorno, considerando os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. “O HIDS é uma ação transversal que não pensa em inovação apenas sob uma determinada ótica. É importante discutir isso para alinhar os propósitos”, afirmou.
O próximo item da pauta foram as diretrizes do HIDS para 2022.
Mariano explicou que, em uma das reuniões do grupo de coordenadores do HIDS, surgiu a ideia de criar alguns projetos que pudessem servir de exemplos de iniciativas que o HIDS poderia desenvolver coletivamente em 2022. Considerando que a etapa de planejamento financiada pelo BID está avançando e que estará concluída no primeiro semestre, a ideia seria pensar projetos que poderiam ser implementados no próximo ano, com planejamento no primeiro semestre e dando sequência no segundo semestre e em 2023.
- Uma ideia que já foi discutida em outras reuniões é registrar oficialmente, em um documento, qual é a ideia de sustentabilidade que anima o HIDS. Isto é importante para nortear discussões sobre projetos que podem ser incorporados ao HIDS, como o do Hospital Metropolitano, por exemplo. Ou do tipo de infraestrutura desejada.
- Um segundo projeto seria um exercício de planejamento estratégico, buscando entender os principais desafios do projeto, qual seu status atual e quais as perspectivas para os próximos cinco ou dez anos. Mariano sugeriu elaborar este plano ainda no primeiro trimestre de 2022.
- Outra possibilidade seria juntar as capacidades de todas as entidades do Conselho para desenvolver um projeto de monitoramento remoto do patrimônio biológico do HIDS. Este projeto teria uma dupla função: em primeiro lugar criar e fortalecer uma trama de cooperações científicas entre as instituições e, em segundo lugar, gerar visibilidade potencial de materializar o que é o HIDS para fora do território. Para isso há várias competências disseminadas entre as entidades do Conselho: instrumentação, sensoriamento, software, IoT, tecnologia de redes, juntamente com o conhecimento do patrimônio da área que está sendo levantada no âmbito da componente do Patrimônio do HIDS. Para Mariano, isso pode gerar soluções e sistemas que podem ser aplicados em Campinas, em outras áreas de preservação e mesmo no Estado de São Paulo. Testes poderiam ser feitos dentro das instituições, como em um laboratório vivo.
- Criar uma plataforma de divulgação de conteúdo, onde os projetos que já foram desenvolvidos e que estão sendo desenvolvidos possa ser traduzido em uma linguagem acessível para um público mais amplo e variado.
- Finalmente, ele mencionou elaborar uma programação de eventos do HIDS, bem como a participação do HIDS em eventos externos, nacionais e internacionais, ligados aos temas da sustentabilidade e inovação. Ele deu como exemplos o congresso da CNI e da Anpei. Ele sugeriu montar um calendário de eventos para disseminar conhecimento sobre o HIDS.
Bruno lembrou que a Conferência da Anpei será em Campinas em 2022, o que representa uma boa oportunidade de apresentar o HIDS.
Mariano sugeriu que os membros do Conselho assumissem a liderança dessas iniciativas.
Júlio Martorano aprovou a visão apresentada pelo professor Mariano. Ele concordou com a viabilidade do projeto de monitoramento biológico do HIDS. Ele sugeriu criar um grupo técnico para viabilizar projetos como este que teria o apoio do CPQD. Ele se dispôs a ser o ponto focal deste projeto.
Sobre a diretriz do planejamento estratégico, Bruno destacou que a participação oficial da Inventta no projeto se encerra em junho e que a elaboração do planejamento estratégico poderia ser conduzida pela consultoria.
Débora Drucker, da Embrapa, destacou que o monitoramento tecnológico é uma excelente oportunidade de unir tecnologia com conhecimento de biologia e patrimônio, assim como de envolver a comunidade. Ela colocou a componente do patrimônio à disposição para compor o projeto. A Embrapa Monitoramento também pode colaborar e ainda a equipe de pesquisadores envolvidos com o tema de abelhas sem ferrão. Ela reforçou a importância de responder a carta-convite que pede que as instituições se posicionem sobre a visão sobre sustentabilidade. Este esforço pode ser agregado à elaboração da visão de sustentabilidade do HIDS.
Jose Roque, do CNPEM, também se dispôs a colaborar com o projeto de monitoramento.
Roberto Soboll mencionou que ele participa da comissão que está elaborando a nova política de ciência e tecnologia cujo primeira versão será entregue em fevereiro. Também será elaborada uma nova Estratégia de Ciência e Tecnologia para o período de 2023 a 2030. Ele afirmou que o planejamento estratégico e as diretrizes do HIDS têm que levar em conta a visão do governo federal sobre o tema de ciência, tecnologia e inovação, que contempla uma visão de longo prazo.
Marcelo Cunha lembrou que em 1972 aconteceu a Reunião de Estocolmo, marco para o assunto do desenvolvimento sustentável. Em 2022 esta reunião completa 50 anos. Também em 2022 a Rio 92 completa 30 anos. Ele sugeriu organizar um evento especial do HIDS tendo estes marcos como temas e que pudesse ser lançada a visão de sustentabilidade do HIDS, bem como a proposição dos projetos e resultados dos estudos e uma visão do HIDS para os próximos 10 anos.
Silvia Masshurá lembrou que a Embrapa está envolvida em todas as componentes de trabalho do HIDS, mais diretamente na componente de avaliação de sustentabilidade e na componente do Patrimônio, sempre com a preocupação com a integração entre as entidades do Conselho, visando o desenvolvimento sustentável. Ela destacou a importância do planejamento estratégico para consolidar esta integração, os resultados do trabalho das componentes e a visão e expectativas de cada instituição em relação ao projeto. Para ela o projeto do monitoramento é importante, mas o planejamento estratégico é primordial.
Sobre a distribuição da liderança dos projetos mencionados, o professor Mariano comentou que, a partir de julho de 2022 não haverá mais o projeto do BID e, portanto, os grupos de trabalho das componentes tendem a ser extintos também. A estratégia de estabelecer os cinco projetos tem como objetivo de fazer com que as entidades do Conselho sigam cooperando para superar os desafios que virão após a conclusão desta etapa (pós-BID). Ele sugeriu dar mais tempo para que as instituições se identifiquem com cada um dos projetos.
Tom Zé tomou a palavra para reafirmar sua expectativa de que as atividades sugeridas pelo professor Mariano Laplane tenham sucesso, que elas inauguram uma nova etapa no projeto como um todo. São vários desafios para construir uma visão comum sobre o HIDS e para isso é importante a participação de todos os atores. Ele agradeceu a colaboração de todos e desejou a todos boas festas.
Em nada mais havendo para informar, o professor Tom Zé agradeceu a presença de todos e encerrou a 9ª Reunião Ordinária do Conselho Consultivo Fundador do HIDS.
Não havendo mais nada a registrar, eu, Patrícia Mariuzzo, que redigi a presente ata, finalizo o documento.
Clique aqui para acessar a apresentação que norteou esta reunião.